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A TAP Air Portugal divulgou nessa semana seus resultados financeiros e operacionais referentes ao 1º trimestre de 2025 (1T25), reportando um prejuízo de 108,2 milhões de euros. O valor representa uma piora de 20,1%, ou 18,1 milhões de euros a menos, em relação aos 90,1 milhões de euros de prejuízo no 1º trimestre de 2024 (1T24).
A piora no resultado é reflexo, entre outros fatores, de uma queda de 4,5% na receita das operações, registrando 823,4 milhões no 1T25, após 862,0 milhões no 1T24, e de um aumento de 2,0% nos custos das operações, que ficou em 955,0 milhões no 1T25, após 936,3 milhões no 1T24.
A companhia transportou 0,6% menos ageiros na comparação anual dos trimestre, saindo de 3,532 milhões no 1T24 para 3,510 milhões no 1T25, e teve uma queda de 0,7 pontos percentuais na taxa de ocupação, que era de 79,3% no 1T24 e foi para 78,8% no 1T25.
Outros dados apresentados são a redução de 0,5% no número de voos, que era de 27.000 e ou para 26.861, e o aumento no número de funcionários, que saiu de 8.803 no 1T24 para 9.170 no 1T25.
A TAP encerrou o 1º trimestre deste ano com frota de 99 aeronaves, sendo 22 de fuselagem larga (Airbus A330-200 e A330-900), 58 de fuselagem estreita (Airbus A319, A320, A320neo, A321, A321neo e A321LR) e 19 regionais (Embraer 190 e 195).
A TAP explica que enfrentou um primeiro trimestre desafiador, refletindo sua incapacidade de aumentar a capacidade, mas permanece firmemente comprometida com o caminho de recuperação, sustentabilidade financeira e transformação estrutural, como tem feito consistentemente nos últimos anos. O foco estratégico permanece inalterado diante de um ambiente cada vez mais exigente e incerto, afirma a empresa.
Os comentários da companhia aérea são os seguintes:
– Eventos extraordinários: O desempenho no primeiro trimestre de 2025 foi significativamente impactado por uma greve de 20 dias dos pilotos da PGA. Além disso, a comparabilidade dos resultados operacionais foi afetada pela Páscoa no segundo trimestre de 2025, enquanto em 2024 ocorreu no primeiro trimestre. Combinados, esses eventos extraordinários tiveram um impacto financeiro estimado entre 30 e 40 milhões de euros nos resultados operacionais;
– Declínio de receita: No 1T25, as receitas operacionais totalizaram 823,4 milhões de euros, uma diminuição de 4,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2024, refletindo os impactos dos eventos extraordinários. Este declínio foi principalmente impulsionado por uma redução nas receitas de ageiros, refletindo capacidade constante (-0,4%) e aumento da concorrência em mercados-chave, reduzindo ligeiramente a receita unitária geral. Além disso, as receitas do segmento de Fidelidade e outras receitas não voadas também diminuíram, refletindo os ajustes implementados no 4T24;
– América do Norte: Desempenho positivo no mercado norte-americano, apoiado por uma maior receita unitária e uma taxa de ocupação melhorada, apesar de um ambiente macroeconômico desafiador;
– Resultados Operacionais: No 1T25, a TAP registrou um EBITDA recorrente de 2,9 milhões de euros e um EBIT recorrente de -119,2 milhões de euros. Excluindo o impacto dos eventos extraordinários, o EBIT recorrente teria sido de aproximadamente -85 milhões de euros, uma redução de cerca de 25 milhões de euros em relação ao primeiro trimestre de 2024;
– Estrutura Financeira Sólida: Em 31 de dezembro de 2024, a TAP registrou uma posição de liquidez sólida de 1,203 bilhões de euros, representando um aumento de 551,5 milhões de euros em comparação com 31 de dezembro de 2024, após a execução da terceira tranche de capital de 343 milhões de euros em janeiro e a emissão adicional de 200 milhões de euros em notas seniores concluída no início de março.
Perspectiva para 2025
As reservas futuras estão, em geral, em linha ano a ano, mostrando uma recuperação notável desde o início do ano e espera-se compensar a pressão sobre a receita unitária em meio a uma maior capacidade. A expansão competitiva nos mercados-chave deve continuar, embora em intensidade variável, com um desempenho de rendimento ajustado.
No Brasil, o foco está nas melhores fontes de receita, mantendo texas de ocupação estáveis com rendimentos de qualidade através da rede aprimorada da TAP, apesar da pressão sobre as receitas unitárias.
Além disso, a TAP continuará sua estratégia de modernização de frota com a entrega esperada de um A320neo e dois A321neo até o final do ano, reforçando seu compromisso com uma frota moderna e eficiente em termos de consumo de combustível.
O foco estratégico permanece inalterado: reforçar a rede principal e utilizá-la para criar uma companhia financeira sustentável, com uma operação consistente e eficiente.
Luís Rodrigues, CEO da TAP, disse:
“2025 começou com um trimestre desafiador, marcado pela greve dos pilotos da Portugália e pela mudança da Páscoa.
Além disso, o aumento da concorrência em mercados-chave e as disrupções operacionais, como eventos meteorológicos adversos, greves e restrições nos aeroportos europeus e no controle de tráfego aéreo europeu, impactaram significativamente o desempenho financeiro e operacional no período.
No entanto, gostaria de destacar o desempenho positivo da TAP no mercado norte-americano.
Embora os desafios permaneçam, nomeadamente a pressão competitiva, disrupções operacionais e incertezas macroeconômicas, o progresso alcançado nos últimos anos apoia uma TAP mais resiliente, melhor preparada para o futuro.
Continuamos focados em consolidar a sustentabilidade financeira e a eficiência operacional, preparando a empresa para a nova fase após o Plano de Reestruturação, com o compromisso de transformar a TAP em uma empresa lucrativa e atraente de forma sustentável, sempre apoiada por nossos stakeholders e nossa equipe, que são essenciais para nosso sucesso.”
O relatório completo de divulgação dos resultados do 1º trimestre de 2025 da TAP pode ser ado clicando aqui.