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Pilotos americanos se opõem a alívio para Boeing na certificação do 737 MAX 7 e MAX 10

Divulgação – Boeing

A Airline Pilots Association International (ALPA) se manifestou contra o pedido da Boeing para obter uma isenção regulatória da istração Federal de Aviação (FAA) relacionada ao processo de certificação dos modelos 737 MAX 7 e MAX 10.

A solicitação, apresentada em janeiro, busca dispensar a fabricante da obrigação de demonstrar que o software do stall-management yaw damper (SMYD) atende aos mais recentes e rigorosos padrões de segurança. Além disso, permitiria agilizar melhorias nos modelos MAX 8 e MAX 9, que já estão em operação, como nota o portal parceiro Aviacionline.

Em uma carta enviada esta semana à FAA, a ALPA expressou sua oposição, afirmando que “a certificação do sistema SMYD deve ser concluída antes da entrada em serviço” e questionou o prazo de 3,5 anos solicitado pela Boeing para a isenção.

Mudança de Estratégia e Desafios Técnicos

A solicitação representa uma mudança de postura da Boeing em relação ao ano anterior, quando a empresa decidiu não pedir isenção para problemas relacionados à formação de gelo nas naceles dos motores.

Na época, a fabricante enfrentava forte escrutínio público após a despressurização de um MAX 9 e outras falhas operacionais. Agora, sob nova gestão e com foco na melhoria da qualidade de fabricação, a empresa retomou a estratégia de buscar flexibilizações regulatórias.

De acordo com o portal Air Insight, o SMYD é um sistema eletrônico responsável por alertas de entrada em estol e controle de guinada. Nos modelos MAX 8 e MAX 9, ele foi certificado sob os padrões de segurança de Nível B da Radio Technical Commission for Aeronautics (RTCA).

No entanto, durante o desenvolvimento do 737 MAX 7, análises indicaram que o sistema deveria atender ao mais rigoroso padrão de Nível A, o que exige processos adicionais de certificação e pode gerar atrasos.

A Boeing também está desenvolvendo um novo sistema de ângulo de ataque para toda a linha MAX, incluindo um terceiro sensor sintético. Esse aprimoramento foi acordado com a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) em 2021 como parte das exigências para a liberação da frota após os dois acidentes fatais relacionados a falhas de software e redundância de sensores.

Impactos na Certificação

Caso a FAA aprove a isenção, a Boeing poderá concluir a certificação do MAX 7 e MAX 10 conforme o cronograma atual, permitindo que os modelos entrem em serviço em 2026. Se a solicitação for negada, o cumprimento do padrão de Nível A pode atrasar as entregas entre 12 e 18 meses, afetando a produção e o fluxo de caixa da empresa.

O novo sensor, que será implementado em toda a frota, coletará dados de diversas fontes, como velocidade, altitude, taxa de subida, posição do acelerador e compensação, além de interagir com o software do SMYD.

O objetivo é aumentar a confiabilidade das informações quando houver discrepâncias entre os sensores, fortalecendo a segurança do sistema MCAS, evitando acidentes similares ao da Lion Air e da Ethiopian Airlines.

Com uma nova istração no governo dos Estados Unidos, ainda não está claro se a FAA adotará uma abordagem mais flexível ou rígida em relação à Boeing. Caso a isenção seja negada, a empresa precisará finalizar os ajustes técnicos exigidos para a certificação dos novos modelos e a modernização da frota já existente dentro dos prazos regulatórios.

Atualmente, a Boeing já produziu 25 unidades do MAX 7, que estão armazenadas aguardando as modificações necessárias para atender à configuração final aprovada pela FAA.

A fabricante argumenta que a versão atual do SMYD já atende aos requisitos de Nível B e opera com sucesso nos modelos 737NG, MAX 8 e MAX 9, acumulando mais de 270 milhões de horas de voo nos últimos 25 anos. Com base nesse histórico, a Boeing defende que a isenção representa um risco mínimo à segurança. No entanto, a ALPA e outros setores da indústria seguem contrários à medida, deixando a decisão final nas mãos da FAA, que ainda avalia o pedido.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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