
Um mecânico da American Airlines, maior empresa aérea do mundo em número de ageiros, identificado como Paul Belloisi, foi sentenciado a nove anos de prisão após ser considerado culpado de tentar traficar mais de 320 mil dólares em cocaína para os Estados Unidos. A condenação ocorreu em um tribunal federal do Brooklyn, onde a juíza distrital Dora L. Irizarry impôs a pena de 108 meses de reclusão.
Belloisi trabalhava como mecânico no aeroporto JFK de Nova York, onde tinha o às aeronaves da American Airlines. Os jurados ouviram que ele utilizou essa posição para participar de uma operação de tráfico de drogas, colocando em risco a segurança e a integridade das operações aéreas.
O esquema foi descoberto por acaso em 4 de fevereiro de 2020, quando agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) realizaram uma inspeção aleatória em um avião que acabara de pousar, retornando de Montego Bay, na Jamaica.
Durante a verificação, os oficiais inspecionaram o compartimento de eletrônica sob o cockpit, onde descobriram dez tijolos de cocaína com um valor de mercado superior a 320 mil dólares. Para monitorar a situação, a CBP trocou as drogas verdadeiras por tijolos falsos, estabelecendo uma operação de flagrante.
Os oficiais esperaram pacientemente por várias horas, mas sem que ninguém se aproximasse do compartimento suspeito, até que, somente 20 minutos antes da decolagem do avião e com os ageiros já embarcando, Belloisi foi visto se aproximando e retirando os tijolos falsos.
A equipe de segurança imediatamente interveio e, durante a busca preliminar, descobriram que o mecânico havia feito cortes estratégicos em sua jaqueta de trabalho para esconder os blocos de drogas sem ser notado.
“O réu abusou de sua posição privilegiada no Aeroporto JFK para ajudar a traficar mais de 25 quilos de cocaína para os Estados Unidos em um compartimento eletrônico altamente sensível de uma aeronave”, comentou o advogado dos Estados Unidos, Breon Peace, após a sentença. “Esse comportamento não apenas contribui para o tráfico de drogas que prejudica nossas comunidades, mas também representa uma ameaça séria à segurança de uma importante fronteira em nosso distrito e à nossa infraestrutura de transporte”.