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Lufthansa restringe carregadores portáteis em voos após série de incidentes com risco de fogo

Airbus A380 da Lufthansa – Imagem: Lufthansa

A Lufthansa se tornou a primeira grande companhia aérea europeia a impor restrições ao uso de powerbanks (carregadores portáteis) em seus voos, medida que também se aplica à sua subsidiária de baixo custo, a Eurowings. A decisão segue uma série de incidentes envolvendo superaquecimento desses dispositivos, cada vez mais populares entre os viajantes.

A medida foi anunciada poucos dias depois que a Southwest Airlines, nos Estados Unidos, emitiu um alerta urgente recomendando que ageiros mantenham os powerbanks sempre à vista e ao alcance das mãos durante o uso.

As regras adotadas pela Lufthansa seguem o exemplo da Southwest e de várias companhias aéreas asiáticas que já adotaram normas semelhantes. Entre as principais orientações estão:

– É proibido carregar powerbanks utilizando a tomada do assento;

– Durante o uso para carregar outro dispositivo, o powerbank deve estar sempre visível;

– O dispositivo deve permanecer ao alcance do ageiro.

Para garantir que todos estejam cientes das novas diretrizes, a Eurowings confirmou que os comissários de bordo estão fazendo anúncios específicos sobre o uso dos aparelhos. A empresa também orienta os ageiros a avisarem imediatamente a tripulação caso o powerbank apresente sinais de danos, superaquecimento ou emita fumaça.

O site AeroTelegraph, da Alemanha, divulgou a mudança na política após relatar que o anúncio sobre as novas regras foi feito durante um voo.

Preocupação crescente

A preocupação das companhias aéreas gira em torno das baterias de íons de lítio que equipam esses dispositivos. Elas podem sofrer superaquecimento e desencadear um fenômeno chamado fuga térmica, quando uma célula da bateria superaquece e inicia uma reação em cadeia nas demais, resultando em fogo e até explosões.

Esse tipo de incidente pode gerar altas temperaturas, faíscas, fumaça intensa e é difícil de conter, especialmente dentro de uma cabine pressurizada a 38 mil pés de altitude.

Em janeiro, um Airbus A321 da Air Busan foi tomado pelo fogo no solo após um power bank superaquecer dentro de uma mochila no compartimento superior. A tripulação só percebeu o problema quando as chamas já haviam se espalhado. Felizmente, o avião ainda não havia decolado, e todos os ocupantes conseguiram evacuar com segurança, com apenas ferimentos leves registrados.

Após o ocorrido, diversas companhias asiáticas implementaram novas regras para minimizar riscos semelhantes. Embora o uso de power banks não tenha sido totalmente proibido, muitas empresas proibiram o carregamento via tomadas de assento e, em alguns casos, até o uso dos dispositivos para recarregar celulares a bordo.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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