Um veredicto da justiça americana em favor da American Airlines rendeu à empresa aérea uma indenização nominal de US$ 1 (um dólar), mas isso não foi motivo de frustração na parte vencedora e sim de celebração. O processo, que já rolava havia mais de uma década, tinha como outra parte a Sabre, uma gigante da distribuição de voos.
O caso começou com a US Airways em 2011, dois anos antes de se fundir com a American Airlines. À época, a aérea alegava que a Sabre impedia que agentes de viagens usassem alternativas mais baratas para reservar assentos em companhias aéreas e que impôs um acordo de distribuição excessivamente restritivo, relata o Dallas Morning News.
Em 2016, a American Airlines já tinha obtido um julgamento favorável, mas ele foi anulado por um tribunal de apelações. Os anos arem e, agora, o Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Sul de Nova Iorque decidiu em favor da companhia aérea, concluindo que a Sabre havia prejudicado a US Airways por manter intencionalmente o poder de monopólio. Ainda assim, os julgadores não encontraram provas de que a Sabre tenha restringido os agentes de viagens ao uso de outras soluções.
A companhia aérea disse que o veredicto teve implicações muito além da disputa com o Sabre. “O Sabre usa muitas das mesmas práticas anticompetitivas atuais para prejudicar a concorrência e sufocar a inovação no setor aéreo”, alegou. “Esperamos que esta decisão desencoraje mais má conduta da Sabre e traga a concorrência necessária para a distribuição de companhias aéreas”, disse a empresa em comunicado.
A Sabre disse estar satisfeita com o veredicto sobre o acordo de distribuição, mas decepcionada com a decisão sobre a reivindicação de monopolização. Ainda assim, a indenização de US$ 1 foi “alinhada com as evidências apresentadas”, disse a empresa.
