
A GOL Linhas Aéreas anunciou a suspensão de sua rota de “quinta liberdade” que conectava as capitais da Colômbia e da Argentina, apenas 10 meses após seu lançamento. A companhia havia iniciado os voos entre Guarulhos, em São Paulo, e Bogotá no dia 31 de março, seguido pela conexão Bogotá-Buenos Aires no dia seguinte.
Inicialmente operando quatro vezes por semana com aeronaves Boeing 737-8, a rota teve sua frequência aumentada para diária em julho. No entanto, em outubro, a GOL protocolou planos para encerrar a perna São Paulo-Bogotá a partir de 8 de dezembro.
Como informou o Aviation Week, mais recentemente, a companhia também registrou a descontinuação da ligação Bogotá-Buenos Aires, que será efetiva a partir de 3 de fevereiro de 2025.
Com a saída da GOL, a Avianca e a Aerolíneas Argentinas serão as únicas operadoras de voos entre as duas cidades. A Avianca atualmente oferece 17 voos semanais entre Bogotá e Buenos Aires, enquanto a Aerolíneas Argentinas realiza voos diários para o Aeroparque Jorge Newbery.
Apesar da suspensão dessas rotas, a GOL planeja manter a conexão com Bogotá por meio do lançamento de uma nova rota a partir de Brasília, que começará em 4 de fevereiro de 2025. Esta nova operação oferecerá três voos de ida e volta por semana entre as cidades, utilizando a mesma frota de 737-8.
Recentemente, a GOL sofreu mudanças significativas quando sua controladora, o Abra Group – que também é proprietário da Avianca – concordou em converter US$ 950 milhões de sua dívida garantida na companhia brasileira em ações, como parte da estratégia da empresa para sair da recuperação judicial sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos.
O Acordo de e ao Plano entre a GOL, a Abra e os credores não garantidos também prevê a dissolução de até US$ 1,7 bilhão em dívidas anteriores ao Capítulo 11.
No acumulado de novembro de 2024, a GOL oferece cerca de 3,13 milhões de assentos em sua rede, o que representa 81% dos níveis anteriores à pandemia. Aproximadamente 94% da capacidade deste mês está alocada em rotas domésticas dentro do Brasil.