
A Etihad Airways vive um dos melhores momentos de sua história, completamente recuperada do impacto causado pela pandemia de coronavírus. No entanto, a companhia aérea de bandeira dos Emirados Árabes Unidos tem adotado uma postura discreta em relação aos seus planos de crescimento.
O recente anúncio da compra de 28 aeronaves da Boeing, feito durante um encontro com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi um dos poucos comunicados públicos da empresa nos últimos tempos.
Sob a liderança do brasileiro Antonoaldo Neves, ex-presidente da Azul Linhas Aéreas, a Etihad já se aproxima da marca de 100 aeronaves em sua frota. Ainda assim, tem optado por não divulgar amplamente essas aquisições. Em entrevista ao portal Gulf News, o CEO explicou os motivos da estratégia.
“Temos comprado aviões quase que mensalmente nos últimos dois anos. Nossa frota era de cerca de 70 aeronaves em 2022, e agora já temos uma centena. Na realidade, adquirimos recentemente mais de 60 jatos, mas nunca anunciamos oficialmente”, afirmou Neves.
O executivo destacou que a Etihad prefere realizar compras em volumes menores e de acordo com a demanda do mercado, o que proporciona maior flexibilidade operacional. Embora pedidos maiores possam garantir descontos mais vantajosos, a frequência de aquisições menores também pode ser vista como positiva pelos fabricantes.
“Não estamos no negócio de anunciar pedidos de 200 ou 300 aviões. Nosso foco é vender agens aéreas. Por isso, sempre que lançamos um novo destino, esse é o momento que escolhemos para fazer anúncios”, completou o CEO, em uma aparente crítica às concorrentes Emirates, Qatar Airways e Turkish Airlines, conhecidas por divulgarem grandes encomendas de aeronaves de forma ostensiva.