
Em uma ação de impacto contra o tráfico de biodiversidade, a Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Hermes no Aeroporto Internacional de Belém na última quinta-feira (17). Com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Receita Federal, a ofensiva resultou na apreensão de artefatos e espécimes da fauna silvestre.
A PF informou que a operação capturou três cocares e um chocalho, produzidos a partir de penas de aves silvestres, juntamente com 11 espécimes da fauna brasileira. Entre os confiscados estavam exemplares exóticos, incluindo duas serpentes, uma cabeça de lagarto, um escorpião, duas rãs, três centopeias e duas lesmas. Todos os itens e animais, infelizmente sem vida, foram encontrados dentro das malas de ageiros internacionais e domésticos.
Além das peças produzidas com penas, que possuem um forte apelo cultural e decorativo, as autoridades focaram no tráfico de espécimes, um comércio ilegal que põe em risco a biodiversidade brasileira. Os itens apreendidos com ageiros de destinos diferentes suscitam preocupação sobre a crescente demanda por esses produtos, que frequentemente atrai olhares de colecionadores e entusiastas fora da legislação.
Em um flagrante emblemático, um cocar foi localizado com uma ageira portuguesa que retornava a Portugal. Os outros dois estavam na posse de viajantes ses que rumavam para Zurique, na Suíça. Espécimes vivos foram também achados com um ageiro brasileiro, cujo destino era Macapá/AP.
Todos os indivíduos envolvidos foram autuados por crimes contra o ambiente, conforme procedimentos liderados pelo Ibama. Os materiais apreendidos sublinham a ação coordenada entre as agências, reforçando a missão de proteger a rica biodiversidade brasileira de atividades ilícitas que ameaçam a fauna e os recursos naturais do país.
Leia mais: