
Uma das próximas operadoras dos novos jatos regionais E195-E2 da Embraer, a SalamAir, de Omã, terá que esperar mais um pouco para iniciar os voos com os aviões brasileiros.
Em resposta ao site Airway, a Embraer confirmou que optou por adiar as entregas em função do desafio operacional imposto pelo ambiente particularmente adverso no qual os motores operam.
Em outubro de 2022, a SalamAir firmou um contrato com a Embraer para a aquisição de seis unidades do modelo E195-E2. A expectativa era que a primeira aeronave fosse entregue no final de 2023. No entanto, até o momento, nenhuma das aeronaves chegou ao destino.
O ime, porém, está relacionado a complicações envolvendo o problemático motor Pratt & Whitney PW1000G. Este motor, que no E195-E2 tem a designação PW1900G, já foi alvo de um extenso recall devido a problemas no turbofan, levou à paralisação de aeronaves como as da família A320neo e também afetou o modelo concorrente do E195-E2, o A220, também da Airbus.
A situação se agrava em ambientes severos e poeirentos, como os encontrados no Oriente Médio.
Arjan Meijer, chefe da divisão comercial da Embraer, explicou que a recomendação foi para que a SalamAir aguardasse uma atualização no combustor do GTF, desenvolvida pela Pratt & Whitney. Essa melhoria, segundo Meijer, deve ser concluída entre o final de 2026 e o início de 2027, período no qual as entregas dos novos jatos poderão ser retomadas com maior segurança.
Até o momento apenas a SalamAir parece ser a cliente da Embraer afetada especificamente por este problema de poeira no PW1900G. Já a KLM por exemplo tem tido outros problemas com o motor e tem mantido estocado alguns jatos E195-E2: