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Boeing entra na disputa com Airbus e Embraer por jatos regionais da Ethiopian Airlines



Boeing 737 MAX da Ethiopian
Imagem: LLBG Spotter – Edição: Habitator terrae / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Nova Delhi, Índia – A Airbus e a Embraer não estão sozinhas na disputa por uma nova encomenda de jatos de corredor único e menor porte da Ethiopian Airlines.

A maior companhia aérea da África negocia, há mais de um ano, a aquisição de aeronaves regionais para substituir parte de sua frota de turboélices Dash 8 Q400 (DHC-8-400), fabricados no Canadá. Naturalmente, a concorrência se concentra entre o Airbus A220 e o Embraer E195-E2, os dois jatos regionais de última geração disponíveis atualmente no mercado.

No entanto, a Boeing também entrou oficialmente na disputa. O CEO da Ethiopian Airlines, Mesfin Tasew Bekele, afirmou à Reuters, durante a Assembleia Geral da IATA, que a fabricante americana está oferecendo o 737 MAX 7 — a menor versão da nova geração da família 737. “Estamos avaliando três modelos: o E2 da Embraer, o A220 da Airbus e o 737 MAX 7 da Boeing”, declarou o executivo.

Disputa entre gigantes e um déjà-vu do mercado regional

A entrada da Boeing na concorrência marca um retorno inesperado. A empresa havia praticamente abandonado a tentativa de competir no segmento de jatos regionais após a derrota no processo movido contra a Bombardier, quando esta convenceu a Delta Air Lines a optar pelo então CSeries em vez do 737 MAX 7.

Na época, a Boeing alegou que os subsídios do governo canadense, especialmente da província do Quebec, eram ilegais. A ação foi rejeitada, e o cenário se inverteu: a Airbus adquiriu o programa CSeries da Bombardier, rebatizando-o como A220. O modelo ou a ser fabricado também nos Estados Unidos, e a Delta se tornou uma das principais operadoras da nova aeronave.

Como desdobramento, a Boeing chegou a fechar um acordo para comprar a divisão de aviação comercial da Embraer, o que teria fortalecido sua presença no mercado de jatos regionais. No entanto, a operação foi cancelada durante a crise provocada pelos acidentes com o 737 MAX 8 — incluindo o trágico voo da Ethiopian Airlines —, que abalaram a fabricante americana.

Homogeneidade da frota pode pesar na decisão

Apesar da desvantagem em termos de custo por assento e tamanho para rotas regionais, o 737 MAX 7 pode se beneficiar de uma estratégia de padronização da frota da Ethiopian. A Boeing aposta no argumento de que operar um único fabricante pode reduzir custos operacionais com treinamento, manutenção e peças, o que pode pesar na decisão final da companhia aérea africana.

Por outro lado, tanto o Airbus A220 quanto o Embraer E195-E2 oferecem melhor eficiência em rotas de menor demanda, com custos operacionais mais baixos por hora de voo e desempenho superior em aeroportos menores — características valorizadas em operações regionais.

A Ethiopian Airlines ainda não anunciou uma decisão final, mas o desfecho dessa disputa promete impactar o equilíbrio global entre os três principais fabricantes de aeronaves no competitivo mercado de jatos regionais.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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