
A Boeing está atualmente em busca de isenções regulatórias temporárias, mais especificamente para o sistema de amortecimento de estol (SMYD) nos modelos 737 MAX 7 e MAX 10. A empresa argumenta que uma mudança de classificação a impede de comprovar que o sistema está em conformidade com “expectativas regulatórias aumentadas”.
A solicitação foi feita à istração Federal de Aviação (FAA) no dia 17 de janeiro, destacando a necessidade de aprovações para certificar esses modelos, que enfrentam atrasos significativos, além de atualizar o sistema de ângulo de ataque (AOA) planejado para todos os modelos MAX.
A Boeing enfatizou que, sob a supervisão da FAA, está completando o processo de certificação para os novos 737-7 e 737-10, e que, para atender às novas exigências regulatórias, está atualizando as análises que sustentam a certificação do software para o SMYD. Esse sistema eletrônico é responsável por fornecer alertas e identificações de estol e funções de amortecimento de guinada.
Em 2023, a Boeing já havia obtido uma isenção separada para o SMYD do 737 MAX 7, mas essa isenção dizia respeito a normas relacionadas a raios e radiação. A nova solicitação é mais abrangente, abrangendo regras que exigem que os sistemas funcionem como deveriam, e que falhas que possam impedir pousos seguros sejam consideradas “extremamente improváveis”.
Um dos pontos chave na argumentação da Boeing é que a concessão dessa isenção permitirá que os aviões 737-7 e 737-10 sejam entregues mais rapidamente aos clientes, aumentando a segurança.
A Boeing também indicou que o software incluirá melhorias de segurança para o sistema de ângulo de ataque, e que a isenção de curto prazo para os requisitos de certificação do amortecedor de guinada permitirá que as melhorias de segurança do sistema de ângulo de ataque sejam implementadas em modelos 737 MAX já operacionais mais cedo.
Apesar dos desafios com o SMYD, a Boeing garante que a questão não afeta os modelos 737 MAX já em operação e que a isenção não representa “nenhum impacto adverso na segurança”. A empresa apontou que os sistemas SMYD do 737-7 e 737-10 oferecem um “nível equivalente de segurança” em comparação com os modelos 737-8 e 737-9.
Com o histórico de 250 milhões de horas de voo ao longo de mais de 25 anos, a Boeing reitera que o sistema de amortecimento de guinada tem um registro estabelecido de segurança e confiabilidade.
A Boeing solicita que essa isenção seja válida até o final de outubro de 2028, utilizando esse período para completar as atividades de certificação necessárias para demonstrar a conformidade, e também para adaptar novamente os aviões já entregues sob esta isenção, trazendo-os para dentro das normas.