
Como mostrado pelo AEROIN, a quinta-feira, 19 de dezembro, marcou a primeira vez em que a Boom Supersonic decolou seu avião supersônico de testes XB-1, de matrícula N990XB, duas vezes em menos de uma semana e que chegou ao regime transônico de velocidade, além de ter registrado seus novos recordes de altitude, a 32 mil pés, e de velocidade, a 533 nós (987 km/h).
Após mais este marco no programa, a fabricante norte-americana falou sobre o voo, destacando que agora restam apenas mais 1 ou 2 testes em velocidades transônicas antes que o XB-1 supere a velocidade do som pela primeira vez.
Segundo a Boom, a equipe do XB-1 avaliou as qualidades de manuseio da aeronave a Mach 0.9 (90% da velocidade do som) com o sistema de aumento de estabilidade desligado. O XB-1 cumpriu esse requisito, confirmando que o piloto pode controlar a aeronave com segurança em velocidades mais altas, mesmo na improvável ocorrência de uma falha no sistema de aumento de estabilidade.
A equipe também testou pontos críticos de flutter (vibração) a Mach 0.85, 0.9 e 0.95 em várias altitudes para garantir que a estrutura da aeronave continue a se comportar conforme o previsto no envelope de voo expandido. Esse tipo de teste mede a interação da estrutura da aeronave com a atmosfera através da qual está voando.
Os testes de voo subsônicos restantes se concentrarão em expandir a pressão dinâmica para um número maior do que será experimentado durante o primeiro voo supersônico do XB-1.
“Concluindo dois voos de teste bem-sucedidos em uma semana, o XB-1 está progredindo firmemente para quebrar a barreira do som no início de 2025. Antecipamos de 1 a 2 voos adicionais para completar as verificações finais do sistema antes do voo supersônico do XB-1”, planeja a empresa.
O jato está testando as tecnologias que servem como base para o design e desenvolvimento do Overture, o avião comercial supersônico da Boom, considerado como o “novo Concorde”.
O XB-1 utiliza tecnologias de ponta para viabilizar voos supersônicos eficientes, incluindo aerodinâmica digitalmente otimizada, compósitos de fibra de carbono, entradas de motor supersônicas avançadas e um sistema de visão de realidade aumentada para visibilidade durante decolagens e pousos.
Com informações da Boom Supersonic