
Um voo da American Airlines foi impedido de pousar em Nápoles, na Itália, após uma troca de aeronave de última hora.
O caso ocorreu na última segunda-feira, 2 de junho, com o voo AA780, que liga a Filadélfia à cidade italiana. A operação normalmente é realizada com um Boeing 787-8 Dreamliner, mas, por razões não divulgadas, a aeronave escalada nesse dia foi um 787-9 — modelo maior, com seis metros a mais de comprimento e capacidade para 51 ageiros a mais na configuração da companhia.
Trocas de aeronaves semelhantes são comuns em voos internacionais, mas Nápoles apresenta limitações únicas. Por ser uma cidade histórica, com centro reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO, e cercada por obstáculos naturais como o vulcão Vesúvio, seu aeroporto possui infraestrutura restrita. A pista tem apenas 2.628 metros, e o pátio e as taxiways são menores do que o padrão de grandes aeroportos europeus.
Além disso, a categoria de combate a incêndio do aeroporto, definida pela ICAO (Agência da ONU para a Aviação Civil), também é fator limitante. O Boeing 787-8 se enquadra na categoria 8, enquanto o 787-9 exige a categoria 9 — superior e não disponível em Nápoles.
Com essas restrições, o voo precisou ser desviado para Roma quando já se aproximava do destino. A partir da capital italiana, os ageiros desembarcaram e seguiram viagem de ônibus até Nápoles, em um trajeto de cerca de 2h30, segundo o portal AeroTelegraph.
Após o pouso em Roma, o Boeing 787-9 retornou aos Estados Unidos, enquanto outro 787-8 foi enviado a Nápoles para cumprir o voo de volta à Filadélfia. Em episódios anteriores, a American Airlines já cometeu erro semelhante, como ao despachar para o Havaí um Airbus A321 não certificado para rotas transoceânicas.