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Airbus adianta que problemas nas entregas irão perdurar por mais três anos

Airbus A321XLR decola de Toulouse
Imagem: Divulgação – Airbus

A Airbus comunicou às companhias aéreas que os atrasos na entrega de aeronaves devem se estender por mais três anos, enquanto o fabricante europeu trabalha para resolver os persistentes problemas em sua cadeia de suprimentos.

Essa previsão cautelosa foi reforçada em uma recente reunião com clientes em Toulouse, aumentando a pressão sobre a Airbus para avançar na meta de produzir 75 aviões do seu modelo principal por mês, como informa o portal parceiro Aviacionline.

Fontes da indústria informaram à Reuters que a gigante aeroespacial europeia está reprogramando entregas previstas para 2027 e 2028. Um alto executivo de uma companhia aérea, que preferiu não se identificar, afirmou que “a Airbus está comunicando atrasos em aeronaves tanto para 2027 quanto para 2028”, e acrescentou que essas informações são divulgadas de forma fragmentada a cada poucos meses. Outra fonte confirmou que aviões programados para entrega no final desta década já enfrentam atrasos de até seis meses. Após uma recente apresentação para clientes, uma terceira pessoa envolvida comentou que “não há sinais reais de melhora”.

Um porta-voz da Airbus declarou que “estamos trabalhando em conjunto com os fornecedores para minimizar o impacto da situação atual para nossos clientes”.

Apesar de a Airbus reportar algumas melhorias na cadeia de suprimentos, que luta para superar a escassez de peças e mão de obra desde a pandemia, o fabricante ainda enfrenta gargalos relacionados a motores e componentes estruturais. Esses problemas impactam principalmente a família A320neo, seu principal produto.

No início deste mês, a empresa de leasing Air Lease Corp informou que recebeu notificações da Airbus sobre atrasos nos modelos A320neo e A321neo para 2027 e 2028. Embora as companhias de leasing possam enfrentar maior volatilidade na programação de entregas, esses avisos reforçam a preocupação contínua com os atrasos, que agravam a escassez de aviões novos no mercado global.

Fontes do setor consideram incomum que os atrasos sejam comunicados com até três anos de antecedência, refletindo o volume recorde de produção planejado e a pressão das companhias aéreas por maior transparência. Um executivo da indústria comentou que “quando se atingem volumes tão altos de produção, a diferença entre o que se deseja construir e o que é possível construir se torna enorme”. Várias empresas de leasing alertaram para problemas na cadeia de suprimentos aeroespacial pelo restante da década.

O CEO da Airbus, Guillaume Faury, expressou em janeiro sua confiança em alcançar a meta, já adiada, de 75 aviões por mês até 2027, e no mês ado afirmou que a produção continua aumentando rumo a essa taxa. Analistas estimam que a produção atual gira em torno de 60 aeronaves mensais.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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